O tempo, tem sido um tema recorrente esse ano. Mas de qualquer forma, um dos pontos inegáveis é que ele passa, e já faz alguns meses que eu quis me propor a escrever pelo menos uma vez por mês. Nisto que tinha uma pretensão de diário de trabalho, um relatório de campo, mas que se misturou um pouco com a vida, não que esse fosse um cuidado que eu quisesse ter.
Recapitulando, desde abril de 2024 algumas coisas interessantes aconteceram. Em maio comecei a me adaptar com a moto, um movimento com quase 20 anos de atraso, mas que facilitou algumas dinâmicas, principalmente na serigrafia, como pegar coisas nos fornecedores de uma forma mais rápida. A cidade parece que diminuiu um pouco.
Mananafoite ou Foitenana
Algumas das coisas interessantes que aconteceu em maio, foram os amigos do Manana cedendo o espaço pra gente fazer uma oficina de serigrafia. Levei parte das coisas da oficina de casa pra lá e reuni amigos que há tempos falávamos de fazer algo. Esses atos coletivos são alguns dos lampejos que fazem parecer que o tempo passa um pouco mais devagar.
Movimentos em grandes tamanhos
No início do ano, um grande amigo, Leonardo Buggy me convidou pra gente dar um jeito na serigrafia do Ateliê de Impressos, um espaço fantástico em Fortaleza CE. Foram dois dias me entendendo com o espaço, completo pra serigrafia, área seca, área molhada, mesa de impressão com rodo dirigível, telas pra impressão em folha inteira.
Os dois primeiros dias de ambientação foi a luta pra desgravar telas catalisadas, entre nailons arrebentados, químicas do mal, travessias urbanas com telas gigantescas no portamala.
No primeiro dia da vivência, mostrei um pouco das coisas que fui descobrindo ao longo desses anos mexendo com a serigrafia. Mas algo que eu não atentei, o tempo de exposição, foram algumas telas erradas até acertar. No segundo dia imprimimos. Essa vivência deu origem a um grupo de estudos, que povoa o espaço.
No retorno, em um surto impulsivo comprei 4 telas do tamanho meia folha. Só esqueci que eu tinha adaptado todas as minhas coisas para o formato A e o maior tamanho que eu estava imprimindo era A3, enfim, via chegando uma idade que a gente não fica mais procurando explicação ou razão pras coisas, apenas vai se adequando.
#TV on the radio – Wolf like me